terça-feira, 12 de junho de 2007

Em Ouro Preto tudo conduz ao mofo!
Um pedaço de pano umidecido em álcool nele!


Em Ouro Preto tudo conduz ao morto:
Meus amigos, meus inimigos: ressuscitemos Ouro Preto!

Ouro Preto é uma cidade pobre do interior da América do Sul contemplada com o título de Patrimônio Cultural da humanidade, concedido pela UNESCO. A opulência de seu conjunto arquitetônico barroco, de homogeneidade sem par, agregado a seu passado histórico, de fatos marcantes para a construção da memória nacional, conferiu-lhe inegável destaque no contingente cultural brasileiro, tão diverso, tão extenso.

Sediar-se em Ouro Preto significa para o aparatozerosete a oportunidade de alimentar-se deste potencial advindo do passado e convertê-lo em propulsão para projetos que apontem para o futuro. Acreditando que este contraste - o choque entre o velho e o novo - valoriza ambos, o movimento aposta em recuperar o antigo prestígio de sua cidade natal.

Agora, vendo emergir na cidade um novíssimo movimento de produção cultural que aponta para a pesquisa e desenvolvimento de novas linguagens, tornou-se necessária a reunião de artistas num fórum político que aponte para a viabilização - social, cultural, criativa e econômica - destas estéticas. O movimento aparatOZerosete entende Ouro Preto - o símbolo - como parcela indissociável deste processo, porque ao mesmo tempo que se alimenta da cidade e de seu legado cultural, o movimento também alimenta a cidade, fazendo-a respirar ares, renovando-a, em seu passado, inclusive...
Botar o reto na reta, mas na reta barroca, quase curva rococó!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

PRESSUPOSTOS



arte e cultura são duas coisas completamente diferentes;

não é possível negociar com o mercadão; não é possível negociar com a grande mídia; não é possível negociar com o grande público;

o mercadão é um campo minado onde diversas idéias fundamentais à evolução do homem e, portanto, à sobrevivência da espécie, são exterminadas;

a criação é uma atividade inerente ao homem; o mercadão ou a sociedade do capital difunde a repetição, o molde, o funcional, o útil, o óbvio, a mesmice, condições de sua sobrevivência;

em toda história da humanidade as verdadeiras transformações só foram possíveis pelo uso da força;

a guerra é uma atividade inerente ao homem;

a arte é um privilégio – não deveria ser;

a sociedade do trabalho é nociva ao homem;

o caos é inerente ao homem;

a razão não comporta toda nossa complexidade;

a fúria é inerente ao homem;

no mercadão a arte é escrava da cultura, da educação, da sociedade, do entretenimento, da burguesia;

a preguiça é inerente ao homem;

‘homem’ é um conceito limitado.